Alunos de Engenharia Civil têm aula de campo no Rio Santa Tereza sobre recursos hídricos

Os acadêmicos do 6º período do curso de Engenharia Civil da UnirG acompanharam o trabalho da equipe da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) que realiza as medições de vazão e da qualidade da água dos rios tocantinenses. A ação ocorreu ontem, 25, na cabeceira da ponte do Rio Santa Tereza, localizado na Rodovia BR-242 que liga Gurupi ao município de Peixe.

As professoras do curso, Drª Nelita Bessa, que ministra a disciplina Ciências Ambientais e Sustentabilidade na Construção Civil e a Ma. Miréia Bezerra, que ministra Hidrologia foram as autoras da visita de campo. Estudantes e professores de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Tocantins (UFT) também participaram da atividade.

De acordo com Nelita Bessa, a visita de campo teve como objetivo fortalecer o aprendizado teórico sobre os recursos hídricos, ministrado em sala de aula. Na oportunidade os acadêmicos conheceram como se mede a vazão e a qualidade da água dos rios de porte médio e grande.

“É importante eles saberem como devem agir em casos de limite de escassez de água e aprender que parte disso resulta de intervenções no meio ambiente, já que a água é um recurso indispensável para suas atividades e o engenheiro civil faz constantemente essas intervenções”, explicou. 

A professora esclareceu ainda que a ação promoveu ao aluno o conhecimento sobre os recursos hídricos, envolvendo o monitoramento da qualidade e quantidade de água, essencial para a atuação do engenheiro civil, inclusive em empreendimentos com hidrelétricas, comuns no Tocantins. "É importante trazer os estudantes para esta realidade de modo que eles possam aprender como funcionam as medições na prática", ressaltou Bessa. 

A professora Miréia Bezerra acrescentou também que em sua disciplina, os alunos aprendem sobre o estudo do ciclo da água, o que influencia dentro das bacias hidrográficas, a ocorrência de água em determinadas regiões, além da movimentação da água e preservação do meio.

“Sabendo como funciona a questão do uso da água, o engenheiro civil poderá agregar valor a partir do conhecimento que os alunos tiveram nessa atividade. Com as medições de vazão e da qualidade da água e o nível dos rios, eles saberão como utilizar na aplicação dos recursos hídricos tanto para drenagem urbana quanto na construção de uma hidrelétrica”, ressaltou.

Para o acadêmico Igor Ribeiro, a visita de campo foi fundamental para esclarecer as dúvidas do aprendizado em sala de aula. “Verificamos in loco como o engenheiro poderá atuar também no processo de coleta de água em uma cidade. Sabendo essas informações de vazão, qualidade e profundidade do rio, no decorrer dos diferentes climas do ano, poderemos aplicar na construção de uma obra”, falou.

O engenheiro agrônomo e gerente de hidrometeorologia da Semarh, Lorenzo Rigo, destacou a importância do trabalho da equipe para desenvolvimento das pesquisas. O intuito é fornecer dados para a população, como: estudantes, professores da área, comitês de bacias hidrográficas, agricultores, entre outros. “Fazemos o levantamento e o monitoramento dos rios do Tocantins e observamos ao longo dos anos, os prejuízos pela falta de chuva no Estado. Há três anos registramos 1.600 mililitros de água da chuva e esse ano choveu apenas 1.100. Temos que nos sensibilizar com a situação e esses futuros profissionais devem ter ciência da importância disso”, disse.

A atividade faz parte das ações de formação já previstas no Projeto "Comitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Santo Antônio e Santa Tereza", projeto este realizado por meio de convênio com o Governo do Estado/Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em parceria com oito prefeituras banhadas por estes rios, UFT e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins  (IFTO).